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Dra. Maria Rossi


Os desastres, sejam eles naturais ou causados pelo homem, têm mostrado a necessidade urgente de transformarmos a forma como lidamos com suas causas e consequências. Nesse contexto, é fundamental entender os três principais enfoques: Gestão de Desastres (GD), Gestão de Risco de Desastres (GRD) e Gestão Integral de Risco de Desastres (GIRD). Cada um desses conceitos reflete etapas importantes na evolução da abordagem frente aos desafios impostos pelos eventos.


Gestão de Desastres (GD)


A Gestão de Desastres pode ser considerada o modelo mais tradicional, focado principalmente na resposta aos eventos adversos. Este enfoque concentra esforços em ações de emergência e recuperação, como resgates, assistência humanitária e reconstrução. A GD é essencial em momentos críticos, mas é limitada por sua reatividade, já que atua somente nas consequências dos eventos. Ou seja, atua após o impacto, buscando minimizar danos e salvar vidas.

Este modelo de gestão de desastres é tradicionalmente adotado pelo Estado e concentra suas ações em duas fases principais: a fase pré-desastre (preparação, mitigação e prevenção) e a fase pós-desastre (resposta, recuperação e retomada do desenvolvimento). Caracteriza-se por uma gestão centralizada, burocrática e militarizada (Joner, Avila e Mattedi, 2021), o que pode limitar a participação da Sociedade Civil e da comunidade científica na gestão. Segundo o Manual da ONU 'Como construir cidades resilientes" (2017), esse modelo deixa de abordar as causas subjacentes dos desastres, perpetuando a vulnerabilidade das comunidades afetadas.

Gestão de Risco de Desastres (GRD)

Com o avanço da ciência e da percepção dos impactos crescentes dos desastres, surgiu a Gestão de Risco de Desastres. Este modelo amplia o foco ao atuar nas causas dos desastres e incluir estratégias de prevenção, mitigação e preparação, atuando antes do desastre ocorrer.

A Gestão de Risco de Desastres (GRD) é um conjunto de práticas e estratégias voltadas para a identificação, avaliação e mitigação de riscos, com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade das comunidades e aumentar sua resiliência. Essa abordagem é geralmente técnica e operacional, incluindo etapas de implementação de medidas de mitigação, preparação, resposta e recuperação (UNDRR, 2015) e envolvendo principalmente órgãos governamentais e especialistas em desastres.

A GRD propõe ações como mapeamento de áreas de risco, fortalecimento da infraestrutura e conscientização comunitária. Por exemplo, estudos como os da UNDRR - United Nations Office for Disaster Risk Reduction (2015) destacam que cada dólar investido em redução de risco de desastres pode economizar até sete dólares em resposta e recuperação.

Apesar de seu avanço, a GRD ainda pode ser limitada quando não aborda de forma integrada os fatores sociais, econômicos e ambientais que amplificam os riscos. Ou seja, a GRD ainda atua de forma fragmentada, sem considerar todas as interdependências dos sistemas sociais e ambientais.

Diante disso, a Gestão Integral de Risco de Desastres - GIRD se consolida como a evolução necessária. Diferente das abordagens anteriores, ela envolve a colaboração entre diversos setores, a integração entre níveis de governança e a participação da sociedade civil. Essa abordagem permite uma resposta mais eficiente e sustentável, além de uma maior resiliência das comunidades.

Gestão Integral de Risco de Desastres (GIRD)

A Gestão Integral de Risco de Desastres (GIRD) representa um passo à frente, com uma abordagem mais ampla e abrangente (holística). Este modelo compreende que os desastres não são eventos isolados, mas sim fenômenos relacionados a vulnerabilidades estruturais, desigualdades sociais e mudanças climáticas. Ou seja, pressupõe a construção social dos desastres, considerando a multifatorialidade (multicausalidade), a multidimensionalidade dos eventos (Mattedi, Avila, Spiess e Ludwig, 2024).

A GIRD integra as dimensões de prevenção, preparação, resposta e recuperação, buscando fortalecer as capacidades locais e promover o desenvolvimento sustentável. Conforme o Marco de Sendai - 2015-2030 (ONU, 2015), a GIRD exige a participação de múltiplos atores, incluindo governos, sociedade civil e setor privado, para abordar os riscos de forma sistêmica e integrada.

O modelo não se limita apenas às medidas técnicas, mas também considera fatores sociais, econômicos, ambientais e institucionais. Esse modelo promove a interconexão e a colaboração entre diferentes setores e níveis de governo, além de incentivar a participação ativa da Sociedade Civil em todo o processo. A GIRD visa incorporar a gestão de riscos em todas as políticas e práticas, integrando e conectando ações de prevenção, preparação, resposta e recuperação (Lavell et al., 2012; Brasil, 2024; Gomes, Mello e Coutinho, 2024).

Tanto a GRD como a GIRD, têm como foco a Redução do Risco de Desastres, preconizada nos Marcos de Ação de Hyogo e Sendai. Uma das principais diferenças entre a GRD e a GIRD é o nível de integração e conexão e a participação dos diferentes atores envolvidos. Enquanto a GRD tende a ser mais setorial e centrada em um nível governamental específico, a GIRD promove uma abordagem intersetorial (políticas públicas) e multinível (federal, estadual, regional e internacional), envolvendo desde autoridades locais até o governo nacional, bem como a Sociedade Civil.

Além disso, a GIRD enfatiza a necessidade de um planejamento contínuo e adaptativo, que leva em conta as mudanças e novas informações ao longo do tempo como já previam Lavell et al. (2012). Em resumo, embora a GRD e a GIRD compartilhem o objetivo comum de reduzir os riscos e impactos dos desastres, a GIRD oferece uma visão mais abrangente e inclusiva, que integra diversos aspectos da sociedade em todos os níveis de gestão.

A urgência de avançar para a GIRD

A transição para a Gestão Integral de Risco de Desastres - também denominada em alguns países como Gestão Integrada de Risco e Desastres - não é apenas uma questão técnica, mas uma necessidade urgente frente às crises climáticas, ao aumento da população em áreas de risco, ao aumento da recorrência, da intensidade e da dinâmica dos desastres no mundo todo. Continuar investindo em modelos fragmentados pode gerar soluções temporárias, enquanto a GIRD nos oferece a oportunidade de transformar a relação entre o ser humano e o ambiente, promovendo resiliência, reduzindo desigualdades e permitindo a participação da sociedade civil nos processos decisórios da gestão.

Ao adotarmos a GIRD como princípio orientador temos mais chances para enfrentar de forma efetiva os desafios contemporâneos no campo dos desastres, avançando para uma gestão de riscos que priorize a vida, a equidade e a sustentabilidade com foco na participação social. Wisner et al. (2004) em seu estudo sobre vulnerabilidades, destacam que para avançar em efetividade na gestão de risco de desastres, faz-se necessário priorizar as pessoas e suas capacidades no centro de qualquer estratégia, aspecto ressaltado também por Nappi e Souza (2019) e Lopes e Samora (2022). Os primeiros enfatizam o papel fundamental do envolvimento de atores locais ao estimular o desenvolvimento da resiliência, integrando o desenvolvimento social nos programas de redução da vulnerabilidade. Os segundos destacam a integração entre a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) e o empoderamento comunitário no Brasil valorizando o conhecimento local.

A implementação da GIRD ainda enfrenta desafios, como a necessidade de coordenação interinstitucional e o fortalecimento das capacidades locais. No entanto, experiências internacionais demonstram que essa abordagem é eficaz na redução dos impactos dos desastres e na promoção do desenvolvimento sustentável. Para avançarmos nesse sentido, é essencial investir em políticas integradas, capacitação e participação comunitária, garantindo que a gestão de desastres não seja apenas reativa, mas também preventiva e resiliente.


JB Notícias (2021)
JB Notícias (2021)

Referências


BRASIL. Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Gestão Integral de Risco de Desastres: abordagens teóricas e metodológicas. Caderno Técnico GIRD +10, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/protecao-e-defesa-civil/gestao-integrada-de-riscos-e-desastres. Acesso em: 2 fev. 2025.


GOMES, D. H.; MELLO, A. M. de; COUTINHO, M. L. G. Gestão de projetos complexos e incertos no contexto de desastres naturais: o caso do projeto de gestão integrada em riscos. Periódicos UFFS, 2024. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br. Acesso em: 2 fev. 2025.


Joner, K.; Avila, M. R. R.; e Mattedi, M. A. Territorialidade e desastre: a gestão dos desastres no Brasil com base no estudo de caso da Defesa Civil em Santa Catarina. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v.13, e20200061. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-3369.013.e20200061


Lavell, A., Oppenheimer, M., Diop, C., Hess, J., Lempert, R., Li, J., Muir-Wood, R., Myeong, S., Takeuchi, K., Cardona, O. D., Hallegatte, S., Lemos, M. C., Little, C. M., e Weber, E. Climate change: new dimensions in disaster risk, exposure, vulnerability, and resilience. In: C. B. Field, C. B.; Barros, Stocker, V. T. F.; Qin, D.; Dokken, D. J.; Ebi, K. L.; Mastrandrea, M. D.; Mach, K. J.; Plattner, G. K.; Allen, S. K.; Tignor, M. e Midgley, P. M. (Eds.), Managing the Risks of Extreme Events and Disasters to Advance Climate Change Adaptation (pp. 25–64). 2012 Cambridge University Press.


Mattedi, M.; Avila, M.; Spiess, M. e Ludwig, L. (2024). Aplicações do conceito de vulnerabilidade na abordagem dos desastres. Caderno CRH, 37, e024051. DOI: https://doi.org/10.9771/ccrh.v37i0.56009 


Nappi, M.; Souza, M. M. Redução de riscos de desastres e desenvolvimento sustentável: uma abordagem integrada. Revista de Gestão Urbana, v. 11, n. 2, p. 87-102, 2019. Disponível em: https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/2018.2.Nappi. Acesso em: 02 fev. 2025.


ONU – Organização das Nações Unidas. Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030. Genebra: Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), 2015. Disponível em: https://www.undrr.org/publication/sendai-framework-disaster-risk-reduction-2015-2030 Acesso em: 02 fev. 2025.


Silva, M. L. da.; Samora, P. R. Gestão de desastres e empoderamento comunitário: perspectivas críticas para a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil no Brasil. Cadernos Metrópole, v. 24, n. 53, p. 345-367, 2022. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/57576. Acesso em: 25 fev. 2025.


United Nations Office for Disaster Risk Reduction (UNDRR). Global Assessment Report on Disaster Risk Reduction 2015. Geneva: UNDRR, 2015. Disponível em: https://www.undrr.org/publication/global-assessment-report-disaster-risk-reduction-2015. Acesso em: 02 fev. 2025.


UNDRR - United Nations Office for Disaster Risk Reduction. Como Construir Cidades Mais Resilientes: um Manual Para Líderes do Governo Local. Uma Contribuição para a Campanha Mundial de 2010-2020. Genebra, versão 2017.


 
 
 

Dra. Maria Rossi

Nos últimos anos, os Estados Unidos têm enfrentado uma intensificação significativa dos incêndios florestais, especialmente na Califórnia. Em janeiro de 2025, Los Angeles foi território de um incêndio devastador que consumiu aproximadamente 160 km², resultando em 24 mortes e forçando a evacuação de mais de 150 mil pessoas.


Especialistas apontam que as mudanças climáticas desempenham um papel essencial no aumento da frequência e intensidade desses incêndios. O aquecimento global tem levado a temperaturas mais altas, que, por sua vez, reduzem a umidade do solo e da vegetação, criando condições propícias para a propagação rápida do fogo.


Estudos indicam que, nas últimas décadas, os incêndios na Califórnia têm se propagado quatro vezes mais rapidamente do que há 20 anos. Além disso, eventos climáticos como o El Niño têm contribuído para períodos de fortes chuvas seguidos por secas severas, aumentando a quantidade de material combustível disponível.  A combinação de vegetação densa resultante das chuvas e a subsequente seca cria um ambiente altamente inflamável.


Outro fator agravante são os ventos sazonais, como os ventos de Santa Ana, que sopram do deserto em direção à Costa Sul da Califórnia. Esses ventos quentes e secos intensificam os incêndios, espalhando as chamas rapidamente e dificultando os esforços de contenção.


A tendência é que os incêndios florestais se tornem cada vez mais intensos e prolongados. A liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) durante os incêndios não só contribui para o aquecimento global, mas também agrava a qualidade do ar, causando problemas de saúde pública.


Diante desse cenário e do fato de que os incêndios florestas ocorrem em diversos países (inclusive no Brasil), é imperativo que medidas sejam adotadas para mitigar os impactos das mudanças climáticas e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e combate aos incêndios florestais. A conscientização pública e a implementação de políticas ambientais rigorosas são passos essenciais para enfrentar esse desafio crescente.


Diante da intensificação dos incêndios florestais e das mudanças climáticas, a adoção urgente da Gestão Integral de Risco de Desastres (GIRD) é fundamental para mitigar os impactos dessas catástrofes naturais. A GIRD envolve a integração de políticas públicas, ações de prevenção, resposta rápida e estratégias de recuperação, com a colaboração entre governos, sociedade civil e especialistas. A gestão deve ser proativa, antecipando os riscos e implementando medidas adequadas de preparação, para reduzir a vulnerabilidade das comunidades e proteger os ecossistemas. Em um cenário de aquecimento global e eventos climáticos extremos, é imprescindível que os sistemas de gestão de desastres se adaptem à dinâmica e complexidade das ameaças, promovendo a resiliência das populações afetadas e garantindo uma resposta eficiente em situações de emergência.

Fonte: Anna.zabella/Shutterstock, publicado no Olhar Digital em 10 de janeiro de 2025
Fonte: Anna.zabella/Shutterstock, publicado no Olhar Digital em 10 de janeiro de 2025

Foto: Ringo Chiu/Reuters, publicada no G1 em 09 de janeiro de 2025.
Foto: Ringo Chiu/Reuters, publicada no G1 em 09 de janeiro de 2025.

Links consultados:


EL PAÍS. Incêndio devastador atinge Los Angeles e força evacuação de 150 mil pessoas. El País, 2025. Disponível em: https://www.elpais.com.br. Acesso em: 17 jan. 2025.

CNN BRASIL. Mudanças climáticas intensificam os incêndios florestais nos Estados Unidos. CNN Brasil, 2025. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 17 jan. 2025.

O GLOBO. A propagação dos incêndios na Califórnia aumentou quatro vezes em relação a 20 anos atrás. O Globo, 2025. Disponível em: https://www.globo.com. Acesso em: 17 jan. 2025.

BBC. El Niño e os ventos de Santa Ana agravam incêndios florestais na Califórnia. BBC Brasil, 2025. Disponível em: https://www.bbc.com/brasil. Acesso em: 17 jan. 2025.

BBC. Incêndios florestais: impacto das emissões de CO₂ e a qualidade do ar. BBC Brasil, 2025. Disponível em: https://www.bbc.com/brasil. Acesso em: 17 jan. 2025.

G1. Chamas rápidas e mortais: entenda as causas de incêndio histórico em Los Angeles. Disponível em: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2025/01/09/extremos-do-clima-causaram-incendio-recorde-em-los-angeles-entenda.ghtml Acesso em: 17 Jan. 2025.

Olhar Digital. Incêndios nos EUA: Musk e Trump espalharam desinformação. Disponível em: https://olhardigital.com.br/2025/01/10/pro/incendios-nos-eua-musk-e-trump-espalharam-desinformacao/ Acesso em: 17 Jan. 2025.



 
 
 

Dra. Maria Rossi


Nos dias recentes, o litoral de Santa Catarina foi tomado por um evento extremo de chuvas que deixou rastros de destruição, desalojados e prejuízos. Alagamentos severos atingiram cidades como Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema e Florianópolis, onde vias foram bloqueadas, crateras se abriram e a população enfrentou momentos de desespero. Em Balneário Camboriú, a prefeitura decretou estado de emergência e organizou abrigos para os atingidos. Já na BR-101, um dos principais eixos rodoviários do estado, o tráfego foi interrompido em vários trechos devido aos alagamentos. Enquanto isso, a Defesa Civil trabalha intensamente para prestar auxílio e monitorar as áreas de maior risco, destacando a saturabilidade do solo como um fator preocupante para novos desastres.

Apesar das previsões meteorológicas, a intensidade e a rapidez do fenômeno surpreenderam, levantando questionamentos sobre a capacidade de antecipação dos órgãos responsáveis. A Defesa Civil argumentou que as precipitações ultrapassaram significativamente os cenários previstos, dificultando a emissão de alertas prévios adequados. Este evento expõe a vulnerabilidade da região frente a fenômenos climáticos extremos, intensificados pelas mudanças climáticas.

Esse é apenas mais um capítulo de uma série de desastres que marcam a história recente de Santa Catarina e do Brasil. Em 2004, o furacão Catarina surpreendeu o mundo ao ser o primeiro registrado no Atlântico Sul, atingindo o estado com ventos devastadores. Quatro anos depois, em 2008, o Vale do Itajaí enfrentou um dos maiores desastres socioambientais de sua história, com enchentes e deslizamentos que resultaram em centenas de mortes e milhares de desabrigados. O ciclone-bomba, ocorrido em 2020, trouxe ventos de mais de 100 km/h, destruindo infraestrutura e forçando comunidades inteiras a se reorganizar.

Mais recentemente, em 2023, o município de Rodeio foi palco de um deslizamento que ceifou vidas e evidenciou a fragilidade das cidades catarinenses diante da combinação de chuvas intensas e ocupações em áreas de risco. O mesmo ocorreu em Presidente Getúlio, uma região onde a vulnerabilidade da região potencializou os impactos das chuvas. Em maio de 2024, foi a vez do Rio Grande do Sul enfrentar um desastre natural, com enchentes que varreram cidades e deixaram um saldo de destruição e sofrimento humano.

Santa Catarina, particularmente o Vale do Itajaí, é um cenário frequente de enchentes recorrentes, mas a frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos mostram que não se trata apenas de um problema local. É um reflexo das mudanças climáticas globais, que tornam fenômenos até então considerados raros ou inexistentes cada vez mais comuns. A natureza parece dar sinais claros de que medidas urgentes precisam ser tomadas, tanto na área de planejamento urbano quanto no combate às causas das mudanças climáticas.

O que estamos vivendo hoje é um chamado à responsabilidade coletiva. Eventos como o de Balneário Camboriú reforçam a necessidade de preparação e resiliência, tanto por parte das autoridades quanto da população. A criação de sistemas mais eficazes de monitoramento, alerta e resposta é essencial para reduzir os impactos futuros. A necessidade de Planos de Redução de Risco, Planos de Contingência e a adoção da Gestão Integral de Risco é premente. E, é também indispensável olhar para o futuro com responsabilidade ambiental, pois é no equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade que encontraremos respostas para um planeta em mudança.

Fonte da Imagem: Tua Rádio (16 e janeiro de 2025, online)
Fonte da Imagem: Tua Rádio (16 e janeiro de 2025, online)

Referências utilizadas:

 
 
 
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